TODO AMOR Todo amor é metáfora Tentando se explicar Além do sol, do mar, Da lua e das estrelas Todo amor é rua De letras ou da ilusão de tê-las Sempre nesta crua Face de êxtases díspares e tão dispersos Todo amor é labirinto De cores, de sonhos, de universos Em nada minto Quando dissipo luz nestes parcos versos Pretendendo, apenas, desnudar a alma Todo amor é reflexo Da dúvida que aflige, acalma No caminho desconexo Entre a mão, o suor e a palma Transfigurados nas lágrimas do coração Todo amor é mais que tudo Ou mais que nada Neste grito mudo Que transcende a estrada De infinitas letras na direção Enigmática, eterna da metáfora Que tão-somente não se explica... |
Juliana Silva Valis |
(Caio Fernando Abreu)
24 junho 2011
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